Primeiro contato com a cultura, comida e bebidas irlandesas

Diário da Gilmara na Irlanda

O bom de ainda ter uma semana livre sem aulas ou burocracias urgentes pra resolver é que eu pude explorar bastante o centro da cidade. Durante todos os caminhos que eu percorria o que me chamava mais atenção era a arquitetura. A maioria dos prédios são feitos de pedra cinza ou tem fachadas de tijolos vermelhos e esfumaçados. As janelas são altas e ricamente decoradas. Muitas igrejas cinzas, algumas até parecem castelos e são centenárias, cobertas pelo pó do tempo.

Os irlandeses gostam de preservar a história e com isso, as casas e prédios tem um ar antigo, velho. Sem aquele design mais moderno que eu estava acostumada a ver no Brasil. Além do verde de muitos campos e parques que você encontra praticamente em qualquer esquina. A natureza misturada com a confusão da vida corrida de uma capital. É uma perspectiva/expectativa diferente que mexe com a imaginação e te leva pra cenas de filmes.

PARQUES CENTRAIS

Um dos grandes parques centrais e pertinho da Grafton Street é o “Stephens Green”. Além de ocupar uma área de aproximadamente 550×450 metros e abrigar diferentes espécies de plantas, árvores, flores e muitos passarinhos e esquilos o espaço também é palco de história com esculturas e monumentos de artistas e grandes personalidades espalhados em toda a sua dimensão. É difícil resistir a beleza e tranquilidade desse antigo patrimônio público da cidade.

O parque é atração turística indispensável pra quem está passando pelo centro de Dublin e também aprecia a natureza e suas várias formas com as estações do ano (outono, inverno, primavera e verão). Cada fase tem sua beleza e é por isso que o local tem sempre alguém fazendo um ensaio de fotos ou quando o clima tá mais quentinho, grupos de amigos curtindo um piquenique ao ar livre. E como eu ainda estava muito focada nessa região de Dublin, esse cantinho acabou virando meu refúgio nesse primeiro momento.

Durante a noite essa parte central da cidade principalmente, é tomada por um clima meio que festivo, sabe?!. Porque para todos os lados tem restaurantes, bares e boates/nightclubs. E a maioria com música ao vivo. E dependendo da rua/avenida também tem artista fazendo show ali mesmo do lado de fora. Imagina então como fica a situação nos fins de semana? Resolvi então ir conhecer a região do “Temple Bar”. Ficava há apenas 12 minutos a pé do apartamento.

A área é super tradicional e turística. Com muita música, arte, bebidas, comidas típicas e até lojas de lembrancinhas irlandesas. É um espaço frenético que para onde você olhar tem gente se divertindo. O Bar com o próprio nome da região: Temple bar que inclusive estava lotado. Aliás, ele está sempre cheio. Considerado um dos mais antigos tem a fama por reunir as melhores e as mais variadas bebidas alcoólicas e atrações musicais tradicionais todos os dias.

Eu arrisquei experimentar a famosa “pint de Guinness” que é a cerveja produzida na Irlanda e muito popular na Europa. A maioria das cervejas são consumidas em um copo de 500 ml que eles chamam de “pint”. A bebida em questão é um líquido preto com uma espuma branca que parece café. Até o gosto é parecido. E como não sou uma grande apreciadora de cervejas e café deixo a critério de vocês (meus caros leitores) experimentarem e tirarem suas conclusões se gostam ou não. No fim das contas eu gostei mais das cidras.

WHISKEY

Além de cervejas e cidras a Irlanda também produz muito whiskey, um dos mais famosos é o Jameson. Acho que deu pra perceber que o povo irlandês adora beber e socializar. E como eu estava ali observando a cultura deles e disposta a  experimentar algumas coisas estava na hora então de me alimentar.

Como eles tem muita influência dos ingleses umas das comidas típicas é o “Fish and Chips”, que é um peixe frito com batata frita muitas vezes acompanhado de purê de ervilha. Tem também o “Irish Stew”, um cozido de carne e vegetais feito com a cerveja Guiness. Tem o “Soda Bread”, um pão feito com bicarbonato de sódio, mas que cada família tem sua receita e no geral, no prato irlandês também tem muita batata nas suas variadas formas de cozinhar.

Naquela ocasião eu escolhi o peixe e vou dizer a vocês que como uma moradora da região amazônica no Brasil eu ainda prefiro os nossos peixes de água doce. E digo mais, para mim, a comida brasileira é a melhor de todas. Me desculpem os irlandeses (risos)… Continua…

Por Gilmara Bezerra