Diário da Gilmara na Irlanda
Junho chegou novamente, mês do meu aniversário. E como uma tentativa de manter uma tradição quis me dar de presente mais uma viagem. Desde que decidi tornar a data especial de uma forma única, minha meta tem sido estar sempre viajando nesse período. Consegui juntar uma graninha e decidi explorar os encantos da Bélgica, mais precisamente duas cidades: Bruxelas e Bruges
Partindo da Irlanda rumo à Bélgica junto com uma amiga desembarcamos em Bruxelas, a capital belga primeiramente. Passamos dois dias imersas na arquitetura histórica e na deliciosa culinária local. O bom é que cada pedaço da cidade é um ponto turístico de tão linda. Ficamos horas passeando pela região do Grand Place, onde também ficam os principais pubs/bares e restaurantes.
Esse ano a copa do Mundo estava rolando na TV e aproveitamos a acasião para assistir a um jogo do Brasil com os belgas no bar famoso chamado Delirium que tambem dá nome a uma das cervejas tradicionais do local. Um mix de nacionalidades curtindo e torcendo para o Brasil. A experiência rendeu um fim de tarde e noite muito divertidos com direito a muita cantoria e alegria dos turistas pelas ruas.
Dia seguinte, sem desperdiçar nenhum minuto da viagem, continuamos explorando os museus locais, admirando os palácios e um tour pela Mini Europa. Um espaço que apresenta réplicas em miniatura dos principais pontos turísticos da Europa. O parque foi inaugurado em 1989 e possui cerca de 350 maquetes feitas na escala 1/25 que representam 80 cidades da União Europeia.
E do outro lado da rua praticamente, fica o imponente Atomium. Um monumento que representa um átomo de ferro ampliado 165 bilhões de vezes. A estrutura tem 102 metros de altura e é formada por 9 esferas de 18 metros de diâmetro conectadas entre si por tubos com escadas rolantes. O Atomium foi o pavilhão principal e o símbolo da Exposição Universal de Bruxelas de 1958.
Saindo de lá corremos para a estação de trem e embarcamos em uma curta viagem até a cidade de Bruges, famosa por seus canais e arquitetura medieval. E como já era o dia do meu aniversário (18 de junho) eu estava muito feliz e realizada. Encantanda com o vilarejo e muito grata de poder ter a oportunidade de conhecer mais um país da Europa. Bruges foi especial. Mesmo que nos “bastidores” eu estivesse com vários pepinos para resolver…
Entretanto, minhas aventuras pelo mundo não pararam por aí. Em setembro, eu já tinha viagem marcada, desta vez rumo à Alemanha. O destino? O famoso festival Oktoberfest, em Munique. Este evento é conhecido em todo o mundo por sua atmosfera alegre, cervejas saborosas e trajes tradicionais bávaros.
Explorar Munique durante o Oktoberfest foi intenso. O evento anual atrai visitantes de todo o mundo, então a cidade estava cheia inclusive o nosso hotel. Os transportes estavam lotados, e tinham filas gigantes só para entrar na área principal da festa. Tudo para ver os desfiles coloridos, apresentações e até brincar nos parques de diversões. Uma energia contagiante em todos os cantos da cidade que dura em média os 18 dias do evento.
Além de aproveitar o festival, reservei tempo para explorar os pontos turísticos de Munique, como a Marienplatz, o Palácio Nymphenburg e a Cervejaria Hofbräuhaus. No entanto, minha viagem também teve um momento de reflexão, quando visitei o Campo de Concentração de Dachau. Criado pelos nazistas em março de 1933, o número de prisioneiros encarcerados até 1945 ultrapassou 200.000 e estima- se que cerca de 40.000 morreram. O lugar é sombrio e comovente. É realmente um lembrete poderoso da importância de aprender com o passado e trabalhar para um futuro de paz e compreensão.
Por Gilmara Bezerra