Filhos Invisíveis: Projeto busca acolher mulheres que perderam filhos

Yasmin Denizard e Jade Forechi são duas mulheres que passaram por uma experiência dolorosa: a perda de filhos. Em comum, elas também compartilham o desejo de que outras mães que passaram por essa situação não se sintam sozinhas. Foi a partir desse sentimento que elas idealizaram o projeto Filhos Invisíveis, que oferece acolhimento e apoio a mulheres que perderam filhos.

“A ideia surgiu em um café onde eu e Jade nos encontramos para tratarmos de um outro projeto e na conversa vimos que tínhamos pontos em comum, ambas já tinham passado pela experiência de perder filhos e tinham também o desejo que esse assunto fosse mais abordado na sociedade, afinal, pouco se fala sobre a morte. As pessoas não querem falar sobre o assunto e nem fazer um acolhimento respeitoso e de forma humana a mães e pais que perderam seus filhos”, conta Yasmin.

O projeto ainda está no início, mas já impactou muitas famílias. A iniciativa busca proporcionar acolhimento respeitoso e humano às famílias que passam pela perda, tornando esse processo o mais leve possível. “Entendemos a importância de dar voz a essas famílias que são tão invisibilizadas”, destaca Jade. A troca de experiências é fundamental para criar uma rede de apoio que permita enfrentar o luto de forma coletiva.

RODAS DE ACOLHIMENTO

As rodas de acolhimento, que acontecem uma vez ao mês, são um dos principais pilares do projeto. Elas são um espaço para que as mulheres possam compartilhar suas experiências e sentimentos. 

“A falta de empatia é uma das principais dificuldades enfrentadas por mulheres que perderam filhos”, afirma Yasmin. “Ouvir até de familiares que foi melhor assim ou que melhor agora do que depois. Isso machuca muito. Nossa intenção é sensibilizar as pessoas ao redor também para que saibam lidar com alguém enlutado”, completa Jade.

VISIBILIDADE E ALCANCE

O desejo das idealizadoras é ampliar a visibilidade do projeto para atender o maior número possível de mulheres que passaram por essa experiência dolorosa. “Esperamos poder chegar a todas as famílias que precisam de acolhimento. Estamos em um Estado onde a Maternidade ocupa o número um em óbitos neonatais, e com isso precisamos falar sobre o assunto”, comentam.

Elas contam que atualmente não têm fundo financeiro, mas que fazem o melhor com o que podem. “Futuramente esperamos, inclusive, iniciar as abordagens de famílias já dentro da Maternidade com o acolhimento no momento do parto e com a confecção da caixa de memórias”, contam.

COMO CONTRIBUIR

Para aqueles que desejam contribuir com o Projeto Filhos Invisíveis como voluntários, doadores ou apoiadores, basta entrar em contato por meio destes canais: Instagram: @filhosinvisiveis e telefone: 95 98423-5227. Yasmin e Jade destacam que qualquer ajuda será de grande contribuição para o projeto que busca trazer luz a uma realidade muitas vezes esquecida.

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Uma resposta

  1. Parabéns, meninas, pela excelente iniciativa. Pelo olhar sensível e acolhedor, Deus abençoe e, que vocês possam fazer a diferença na vida do próximo.

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