Diário da Gilmara na Irlanda
Viajar para Escócia custa muito barato e eu acho que paguei no máximo 50 euros ida e volta na época. Em 1hora e 10 minutos de voo você chega no país. Minha curta e divertida passagem pela Escócia foi uma experiência memorável, e ela marcou minha primeira viagem sozinha para fora da Irlanda. Inicialmente, a ideia era viajar com uma amiga, pois ela tinha ingressos para o show da banda favorita em Glasgow. No entanto, devido a problemas pessoais, ela desistiu de ir.
Fiquei hesitante em embarcar nessa miniaventura sozinha, mas as meninas me encorajaram e assim fui. Como uma boa estudante que não tem muita grana, a acomodação mais acessível é ficar em Hostel. O mais barato e bem localizado só tinha vaga em um quarto para dividir com mais sete pessoas, ou seja, éramos 8 no total. Quando cheguei não encontrei ninguém no quarto. Muitas pessoas de diferentes partes do mundo também viajam sozinhas e, dependendo do grupo, da atmosfera amigável e descontraída do hostel, é possível fazer amizades.
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Em Edimburgo a capital do país, minha primeira parada na Escócia, comecei a explorar os pontos turísticos a pé. Passei horas agradáveis explorando praças encantadoras, monumentos históricos, igrejas que parecem castelos e até mesmo o imponente parlamento escocês. A arquitetura e a riqueza histórica da cidade são de tirar o fôlego mesmo. Apesar de gelado, eu estava curtindo muito passear meio que sem rumo pelas ruas, observando também a beleza e gentileza dos habitantes (risos).
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Uma das coisas mais marcantes de Edimburgo foi a música de rua. Passando por algumas vielas estreitas da Cidade Velha, pude assistir a apresentações musicais ao vivo. Músicos locais tocando canções típicas da região, enquanto vestiam trajes tradicionais, a famosa saia xadrez que na verdade se chama “Kilt”. O instrumento que parece uma gaita gigante é nomeado de “Bagpipes”. E para complementar o visual eles também gostam de usar chapéu ou perucas clássicos.
Infelizmente, minha visita ao Castelo de Edimburgo não aconteceu, pois estava fechado naquele dia. No entanto, fiz questão de explorar o Museu Câmera Obscura e Mundo da Ilusão, uma atração moderna e fascinante que me proporcionou uma tarde repleta de diversão e aprendizado. O museu apresenta ilusões de ótica, exposições interativas e uma vista panorâmica da cidade. Pra quem me perguntou na época qual era o segredo por detrás daquela famosa foto onde só a minha cabeça aparece como refeição no prato (foto 1), só mesmo estando lá para ver como a magia acontece.
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No dia seguinte, parti para Glasgow de ônibus, onde também optei por ficar em um hostel. Diferente do anterior, esse hostel tinha um ambiente mais agitado, com um restaurante animado e salas de jogos. O lugar era perfeito para conhecer outros viajantes e compartilhar histórias de viagem. O que acabou fazendo o meu dia menos chato já que uma chuva forte chegou e me impediu de sair para explorar a cidade mais a fundo. Eu só consegui fazer uma caminhada rápida pelas praças.
O tão famoso Lago Ness, que estava nos meus planos iniciais, teve que ficar para uma futura visita. Além de ser um lugar fascinante devido à lenda do monstro, o lugar tem uma beleza natural deslumbrante, um rio tranquilo e colinas que mais parecem pinturas. Enfim, com a distância e a chuva intensa eu não poderia correr o risco de perder meu voo de volta para Dublin. Outras oportunidades de visitar o país de novo surgirão.
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Apesar de ter sido uma viagem curta e sem muitas aventuras ousadas, eu amei a experiência de viajar sozinha. Foi um momento para desacelerar, refletir e me reconectar comigo mesma após um ano intenso de descobertas e desafios. A solidão inicial se transformou em autodescoberta e uma sensação de independência que me deixou mais confiante para futuras aventuras solo.
Por Gilmara Bezerra