O charme e o glamour da cidade Luz – Paris

Diário da Gilmara na Irlanda

Minha viagem a Paris foi uma jornada repleta de contrastes, desafios e, ao mesmo tempo, de descobertas fascinantes. Fazer duas cidades em pouco tempo é adrenalina pura. Chegamos no aeroporto já bem cansadas mais empolgadas e para viajantes não tão experientes como nós demora um tempo até nos situar e achar a nossa direção. Achamos um trem que demoraria quase 1h até chegar no bairro que estava nosso hostel. Pelo menos ele ficava em frente da estação de trem. No entanto, assim que descemos do trem, a primeira impressão foi impactante e não necessariamente positiva.

O bairro em que ficamos hospedadas estava longe de transmitir a sensação de segurança que esperávamos. Tinham muitos vendedores ambulantes, muitos deles persistentes e insistentes que gerava uma atmosfera desconfortável. A cada passo que dávamos, parecia que éramos alvos de olhares intensos e abordagens incisivas. Entramos no hostel e só largamos nossas mochilas lá e saímos de novo. Do lado de fora foi necessário manter uma postura cautelosa e estar constantemente atentas ao nosso entorno.

A dificuldade começou quando percebemos que a conexão com a internet não estava boa. Isso se tornou um desafio significativo, já que Paris é enorme e os principais pontos turísticos são um pouco longe um do outro o que dificulta fazer tudo a pé. Então quando dava conseguíamos usar o transporte público, como o metrô e ônibus, para explorar a cidade. Mas muitas das vezes nos vimos forçadas a percorrer a maior parte dos trajetos a pé, o que, embora nos proporcionasse uma experiência mais intimista da cidade, também consumia muito mais tempo.

A interação com os parisienses foi uma experiência desafiadora. Ao solicitar informações nas ruas, muitas vezes éramos recebidas com indiferença. Alguns locais alegavam não falar inglês, enquanto outros simplesmente ignoravam nossos pedidos de orientação. Essa barreira linguística, somada à falta de receptividade por parte de alguns residentes deu a impressão de ser uma cidade pouco acolhedora. Mas isso é bem pessoal. Nem todo muito passou pela mesma situação.

Apesar desses desafios, conseguimos explorar alguns dos pontos turísticos mais famosos de Paris. Para começar subimos até a Basílica de Sacré-Cœur. Foi bem cansativo, mas a recompensa foi desfrutar da vista panorâmica do país. A localização da igreja é bem mais alta que o restante da cidade,130 metros acima do nível do mar, fora a arquitetura do prédio que impressiona pelos detalhes.

E depois de sair meio que sem rumo só mesmo aproveitando a paisagem e a vibe chique dos moradores nos deparamos com famosa avenida Champs-Élysées com muitas lojas de luxo, algumas fast fashion, restaurantes e bares charmosos. Até entramos em algumas lojas, mas não compramos nada. A avenida se estende da Praça Charles de Gaulle onde fica o Arco do Triunfo que tem 50 metros de altura até a Praça da Concórdia (ou Place de la Concorde).

Depois dali estávamos determinadas a ir ver a Torre Eiffel. Até que depois de alguns minutos encontramos o Rio Sena. Ali conseguimos relaxar e tomar fôlego para continuar a caminhada porque estava próximo. E de longe já conseguimos avistar o dourado e exuberante monumento. Confesso que achei que seria bem mais alta. Mas de fato ela é bem bonita e mede uma média de 300 metros.

Todo arredor da Torre é lindo também. Ficamos um bom tempo admirando e tirando fotos. Dá até pra fazer piquenique no parque de lá. Só tomar cuidados com os ratinhos (risos). Como já estava perto de escurecer decidimos ficar pela região e ver a Torre a noite. Ela fica toda iluminada, piscando. Valeu muito a pena a longa estadia por lá. Até que a fome bateu de novo e fomos procurar um restaurante que cabia no bolso depois de passar o dia nos deliciando com os famosos croissant.

O segundo dia e último foi bem corrido. E começamos pegando o ônibus lá para a região do Moulin Rouge, o cabaré mais famoso do mundo de pé desde 1889 com muitas festas e festivais de cancan também. Fotos ao lado do moinho vermelho, símbolo do Moulin Rouge é o que todos os turistas garantem ter. Difícil lembrar hoje o passo a passo dessa viagem/roteiro, mas também teve visita pelos mais de 20 hectares 200 mil m² de flores, estátuas, fontes dos Jardins de Luxemburgo.

E depois de mais algumas horas lá estávamos nós passeando pela área da Catedral de Notre-Dame, uma das mais antigas catedrais francesas em estilo gótico (860 anos),construída em homenagem a Virgem Maria. Nessa época ela ainda estava inteira e ainda dava pra ver a agulha, parte importante da arquitetura do local que infelizmente foi devastada no ano de 2019 com um incêndio e ainda hoje está em reformas.

Por fim antes de correr pro Hostel e nos despedir do país área do museu do Louvre, o maior museu de arte do mundo. São mais de 30 mil peças no acervo, entre as peças super famosas está a Monalisa de Leonardo da Vinci, a Vênus de Milo, de Alexandre de Antioquia, e a famosa pirâmide de cristal, símbolo do museu. O local é extremamente cheio a todo minuto que fica até difícil de fazer tudo. Esperando ansiosamente poder voltar a Paris com mais calma e mais dinheiro se possível (risos).

Por Gilmara Bezerra

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