PARTE 1 – Pausa no trabalho: Viagem para Amsterdã e Paris

Diário da Gilmara na Irlanda

Depois de algumas semanas de trabalho com as crianças consegui programar novamente mais viagens no meu calendário de aventuras pela Europa. Tirei quatro dias e meio para conhecer dois países incríveis. Eu e minha amiga nem planejamos muito, mas proveitamos que a Raynair, operadora de avião queridinha na Irlanda sempre tem preços bons de passagens e fomos explorar as encantadoras ruas de mais duas cidades europeias: Amsterdã e Paris.

Começamos nossa jornada em Amsterdã, uma cidade conhecida por seus canais pitorescos, arquitetura única e atmosfera descontraída. A hospedagem era um hostel, claro. Sempre a opção mais barata pra economizar. E esse tinha até área de bar/pub no andar de baixo. Mas a ideia era passar a maior parte do dia pela rua mesmo. Nosso primeiro dia foi dedicado a explorar os canais e a área central da cidade.

Caminhamos ao longo dos icônicos canais de Amsterdã, absorvendo a beleza dos edifícios históricos e das pontes ornamentadas de flores coloridas. A brisa era gelada. Tiramos foto no famoso letreiro escrito o nome da cidade. E um detalhe que também chama atenção são as bicicletas por todos os lados. É bem mais fácil ser atropelado por uma delas do que carros pela quantidade de pessoas que preferem esse tipo de transporte para se locomover.

Andando mais um pouco chegamos finalmente no Museu Van Gogh para apreciar a genialidade artística do famoso pintor holandês. As obras-primas mostram um pouco da vida e da mente de Van Gogh com aproximadamente 1.400 obras entre pinturas e cartas . Tudo está exposto em ordem cronológica no primeiro e terceiro andar. Além disso tem uma Biblioteca com mais de 35.000 livros e mais de 40 títulos de periódicos. Por ano  eles recebem mais de 1.000 publicações.

Outro museu famoso é o Rijksmuseummas que ficou para a próxima oportunidade. Infelizmente viajar com tempo cronometrado não dá pra fazer tudo. E como estavámos a pé passamos uma boa parte também caminhando pelos parques o mais famoso dele é o Vondelpark. Ele tem cerca de 470.000 metros quadrados, com centenas de espécies vegetais diferentes e pequenos animais. Na hora do nosso piquenique até fizemos amizade com um brasileiro que nos convidou pra se juntar a ele a noite.

Amsterdã oferece uma vibrante vida noturna, e decidimos explorar os bairros de Leidseplein e Rembrandtplein. Tinha muita agitação cultural. Todos os bares e nightclubs estavam lotados e com muita gente  animada. Música ao vivo, turistas de todas as partes do mundo compartilhando risadas e histórias. A energia pulsante desses lugares é bem envolvente e acabamos ficamos mais tempo em cada festa e perdendo a hora, mas nos divertimos muito.

No segundo dia, mesmo com um pouco de mal estar pela noite anterior pegamos um passeio de barco pelos canais. Lá o guia vai contando sobre a história da cidade e suas características únicas. Depois conseguimos chegar na região onde fica a Casa de Anne Frank, mas infelizmente não conseguimos tickets para entrar. Só ficamos lá fora imaginando como foram os dias sombrios da Segunda Guerra Mundial.

A história contada nas paredes da casa trazem muita reflexão sobre a liberdade que temos hoje se comparado com o que Anne e muitas pessoas viveram tentando fugir ou se escondendo como ela. Dois anos escrevendo o diário relatando sua angústias e também a esperança de um dia aquilo tudo acabar. Mas infelizmente os nazistas a encontram e ela morreu dias seguintes de febre tifoide devido às péssimas condições dos confinamentos.

Última noite e decidimos ir conhecer a região das “Red Lights”. São casas e nightclubs com vitrines (muitas vezes com luzes vermelhas) e lá ficam muitas mulheres expostas igual manequin oferecendo serviços de prostituição, sexo. Em todas as ruas daquela área você vai encontrar um clube com diferentes atrações de cunho sexual, lojas de artigos sexual, os famosos sex shops, além de muitas cafeterias que vendem produtos originários da cannabis (a conhecida maconha).

Apesar de tolerantes ao uso dessa substância no país, eles tem regras. O máximo de 5 miligramas da erva e se for cultivar a planta apenas 5 mudas são o limite. Ultrapassando estas quantidades as pessoas são multadas e os valores variam. Só é legalizado o uso acima dessas quantidade se for para uso médico, por prescrição. Uma das orientações é que o uso também seja feito dentro dos estabelecimentos (coffee shops) do que nas ruas. Mas a brisa pelas ruas não esconde o cheiro peculiar.

E vamos de mais um voo e agora para Paris…

Por Gilmara Bezerra

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