Retrospectiva – Viagem para Malahide e Belfast

Diário da Gilmara na Irlanda

Antes de finalmente contar como foi meu mês de janeiro de 2017, eu preciso relembrar duas viagens de dezembro. Pois é, a minha memória falhou (me desculpem) eu acabei pulando essa parte da minha vida achando que elas tinham acontecido no mês seguinte. Mas, nesse caso, ainda é possível voltar no tempo e eu vou contar para vocês como foi me aventurar um pouco mais longe do centro de Dublin e conhecer Malahide e depois cruzar a “fronteira” e chegar na Irlanda do Norte (Belfast).

Começando por Malahide que desde o primeiro dia de aula já ouvimos falar e recebemos recomendações para ir visitar já que é um ponto turístico bem próximo de Dublin. Então escolhemos um dia e pegamos o Dart (trem) e chegamos na cidadezinha após 40 minutos mais ou menos. Uma das atrações principais é o castelo de mesmo nome e o jardim ao redor dele. Como já devo ter mencionado, a Irlanda se destaca por cultivar a história através da arquitetura então cada canto desse lugar tem fortalezas.

A família Talbot que era amigo do rei Henrique II ocupou o castelo por oitocentos anos. Não é um super castelo, mas tem seu charme. Dentro dele, os móveis foram preservados, tem obras de arte e objetos pessoais. Do lado de fora, tem um verde e um colorido de plantas e flores infinito de tão grande.  São 260 hectares da propriedade, com 5.000 variedades de plantas exóticas e belezas naturais além de ser perfeito para fazer um piquenique.

Um passeio que ainda está na minha lista para fazer é ir na Butterfly House que é tipo um jardim/casa para borboletas. São diferentes espécies juntas e o visitante aprende sobre o ciclo de vida desses insetos. No dia, a gente preferiu caminhar mais um pouco pela cidade e seguir para a orla, ver a praia de Malahide. Quem tiver disposição também dá pra explorar ainda mais o lugar fazendo a trilha até a praia de Portmanock que leva mais de 2horas.

Irlanda do Norte- Belfast

Em outra semana decidimos pegar uma excursão de ônibus e partir para a Irlanda do Norte, que para quem não sabe, pertence ao Reino Unido e portanto é um país independente da República da Irlanda. E desde muito tempo viviam em conflitos políticos (separatistas x unionistas) e religiosos (católicos x protestantes). É uma longa história de conflito que eu não vou entrar em detalhes aqui. Mas o que eu acho muito curioso e até bizarro é o fato do sotaque ser diferente, a moeda ser libra e as pessoas nascidas lá podem ser tanto britânicas como irlandesas.

A região tem seis condados: Antrim, Armagh, Down, Fermanagh, Derry e Tyrone. Com 280 mil habitantes, a capital Belfast é a maior cidade, que fica entre Antrim e Down. Mas antes de chegar nessa parte central o tour foi parando em alguns pontos turísticos. O guia explicava a história com um microfone e eu lembro de experimentar pela primeira vez o enjoo de andar de ônibus pelas estradas da Irlanda que até hoje me persegue.

Acho que uma das nossas primeiras paradas foi na “The Dark Hedges”, também chamada de Estrada Real que parece um túnel de árvores de mais de 200 anos. Famosa por ter sido cenário da série “Game of Thrones”. Nessa área também tem o bosque Tollymore, parques, castelo Ward (Winterfell locação). Foi lindo e emocionante estar andando por lá e eu ficava imaginando como foi todo o processo de gravações.

Outra parada obrigatória foi no Giant’s of Causeway (Calçada dos Gigantes) considerado patrimônio mundial da Unesco. O lugar é realmente surreal meus amigos. Eu amei caminhar por aquelas rochas de formatos diferentes numa montagem perfeita. E pensar que foram formadas a partir de erupções vulcânicas há mais de 65 milhões de anos. Apesar de ter muito medo eu arrisquei ir em outro ponto muito turístico ao lado: a ponte de corda de Carrick-a-Rede.

São 20 metros de corda e madeira feitas por pescadores há mais de 350 anos. O acesso vai até a Ilha de Rocky mas durante o percurso já é possível ir tendo uma visão da Rathlin Island, Escócia e da Causeway Coast. De lá a nossa próxima parada foi o museu do Titanic onde também está localizado o navio menor do que o Titanic (SS Nomadic).

Aliás o museu tem revestimento que lembra o navio Titanic e tem altura igual da proa de 27 metros. Composto por nove galerias, quatro andares que contam tudo sobre a história dessa tragédia. O nosso tour encerrou passando brevemente pela sede da prefeitura (Belfast City Hall), murais de Belfast que separam bairros católicos de bairros protestantes, Crumlin Road Prison, uma prisão antiga com 150 anos de muitas condenações graves.

A última coisa que vimos pela janela do ônibus foi uma ferinha de natal na praça central. Não havia mais tempo pra turistar, era noite e precisávamos voltar para Dublin. A viagem dura em torno de 3 horas e meia. Talvez um dos problemas de ir com uma excursão é que o tempo é mais limitado, tem que seguir o roteiro da agência e como tem muita coisa pra ver achei que ficou corrido, mas valeu a pena. A ideia agora é voltar de carro e passar mais tempo na região.

Continua…

Por Gilmara Bezerra

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