Conciliar uma empresa e a criação dos filhos é tarefa para mulheres corajosas — e no Brasil, essa realidade tem ganhado cada vez mais força. Segundo levantamento do Sebrae Nacional com base na PNAD Contínua do IBGE, o número de mulheres donas de negócios no país chegou a 10,4 milhões em 2024, um recorde histórico. Em Roraima, esse movimento também cresce com histórias inspiradoras como a da empresária Rosely Souza Pereira, da Dicasa Móveis Projetados.
Rosely é mãe de dois filhos — um de 3 e outro de 13 anos — e encontrou no empreendedorismo a oportunidade de não apenas construir uma carreira, mas também estar presente nos momentos mais importantes da vida dos filhos.
“Apesar de tentarmos estar presentes todos os dias, a gente acaba perdendo alguma coisa: uma palavra nova, a nota alta, a aprovação pro grupo de robótica… Mas poder fazer meu horário e acompanhar uma apresentação ou uma consulta não tem preço. Participar da alegria deles é impagável”, conta Rosely.
Um negócio com propósito familiar
A experiência de ser mãe também se reflete diretamente no modelo de negócio da Dicasa.
“Sempre tento me colocar no lugar do cliente. Projetamos ambientes confortáveis, práticos, que se adequem à rotina da família. Às vezes o cliente quer algo bonito, mas que não é funcional para quem tem criança — e eu mostro as alternativas. Isso cria conexão, confiança e reforça que não entregamos apenas móveis, entregamos sonhos. Essa sensibilidade para entender o cotidiano das famílias é um diferencial que conquista o público”.
Coragem para começar, força para continuar
Para quem ainda sonha em empreender, mas sente medo ou insegurança, Rosely deixa um conselho valioso:
“Não desistam! O início pode parecer difícil, mas é nos desafios que a gente se fortalece. Dê o primeiro passo, invista em algo que você conhece, estude o mercado e acredite na sua força. Você é a melhor mãe que seu filho poderia ter — e pode ser uma grande empreendedora também!”
De acordo com o estudo do Sebrae, 72,4% das mulheres donas de negócio têm ensino médio completo ou mais, e 34,9% já estão formalizadas com CNPJ. No entanto, elas ainda enfrentam desafios: ganham, em média, 24,4% menos que os homens empreendedores.
É nesse contexto que o Sebrae fortalece iniciativas como o Sebrae Delas, que atua no fortalecimento feminino e no estímulo ao empreendedorismo com impacto social. A valorização de histórias como a de Rosely é parte dessa missão.
Fonte: Sebrae Roraima