Reconhecimento de área e o encontro com a “sorte”

Diário da Gilmara na Irlanda

Sair de casa aqui na Irlanda já não é uma tarefa tão simples como era quando eu morava em Boa vista. Tive que aprender a me vestir de novo. Usar camadas de roupas, um sapato quente, meias térmicas e os acessórios importantes: cachecol, luvas e touca. Se quiser pode até levar um guarda-chuva, mas como tem muito vento na maioria do tempo, as chances de quebrar são bem grandes. Melhor optar por um casaco térmico e a prova d’água. E olha que o inverno ainda nem tinha chegado. Socorro!

Grafton Street

Depois de colocar minha “armadura” contra o frio fui para a agência participar dos workshops e palestras. O primeiro dia foi de reconhecimento de área. Fizemos um “walking tour” pelas principais avenidas e pontos turísticos do centro de Dublin. Começando pelo ponto de partida que era onde o escritório ficava: Capel Street, bastante movimentada com uma variedade enorme de restaurantes e lojas de vários países: China, Japão, Índia, Itália e etc.

O percurso foi passando perto do prédio onde eu estava hospedada e onde também ali próximo fica o departamento do Governo Irlandês para aplicação do PPS (Personal Public Service). Um documento importante que você precisa ter para conseguir trabalhar. Na verdade é uma numeração. É como se fosse o nosso CPF ou carteira de trabalho. Também usado para qualquer tipo de serviço público que você precisar fazer no país.

Chegamos então na “O’ Connell Street”, onde fica localizado um dos pontos de referência e de encontros. O Monumento “Spire” que parece uma agulha gigante, literalmente, de 120 metros de altura. A escultura feita de aço é famosa por facilitar e guiar os novatos que chegam na cidade e tem dificuldade de se locomover na região. Porque você consegue avistar a estátua de longe e o fato de estar exatamente no coração de Dublin ajuda a não se perder. Fora que serve como ponto de partida para passeios ao redor.

Ali próximo também fica outro ponto do Governo muito importante: O Revenue. Que nada mais é que a Receita Federal no Brasil. Ou seja, o lugar onde eles cuidam das taxas e declarações de Imposto de renda. Assim que os estudantes se regularizam no país e começam a trabalhar, o cadastro é feito no site e geralmente 20% do valor do salário é descontado, mas no fim de cada ano é possível ter uma parte dele de volta.

Rio Liffey

Seguindo a caminhada, também passamos pelo Rio Liffey que corta a cidade em duas partes: norte e sul basicamente. E de um lado os bairros são numerados com números ímpares (Norte) e no outro, números pares (Sul). Ou seja, o início dos bairros Dublin 1 e Dublin 2 são ambos considerados centro e tem uma cara cosmopolita e muitas atrações turísticas. O acesso as partes é feito por várias pontes em toda dimensão do rio.

Já no lado sul, andando pela lateral do rio, fomos apresentados ao prédio da Imigração. O temido lugar por muitos estudantes que precisam tirar o visto ou renovar. O visto de 8 meses de intercâmbio é concedido depois que você chega no país. A entrada pelo aeroporto é como turista. Antes mesmo de sair do Brasil é preciso agendar atendimento no site e assim ter o passaporte carimbado e pegar o cartão IRP (Irish Residence Permit) com a validade.

O meu momento ia chegar em breve. Consegui agendamento antes de embarcar para a Irlanda. Ainda bem! Menos uma preocupação. Porque como vocês devem estar percebendo, são inúmeros os detalhes para resolver. Mas continuando o passeio, passamos pela Trinity College que é uma das maiores e mais importantes universidades da Irlanda, bancos irlandeses, onde também temos que abrir conta antes de começar a trabalhar, escolas de inglês, “Grafton Street” famosa por reunir grandes lojas de luxo e ponto de apresentações para artistas de rua.

E finalizamos na famosa estátua de Molly Malone que é uma lenda cheia de mistérios sobre uma jovem irlandesa que vendia peixe e morreu de febre, mas o seu fantasma continuou rondando as ruas de Dublin. Ela também virou tema de música contando sua história e segundo populares tocar nos seios da estátua traz sorte. E lógico que eu não perdi a oportunidade de seguir a tradição e pedir a ela além de sorte, muita coragem pra enfrentar o que viria pela frente… continua..

Por Gilmara Bezerra

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2 respostas

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